“Quando o botão de rosa cai a roseira se refaz.
Suas folhas trocam, as velhas se vão e novas se desenvolvem.
Reiniciando o ciclo, sua vida continua...
Até que a nova florada  desabroche.



A mulher em seu esplendor no ciclo gestatório com as mudanças hormonais da gestação tudo se desenvolve, cresce, fica exuberante. As mamas aumentadas, modificadas, preparando para a amamentação.  Assim como em  cada vaso, cada tecido, cada milímetro de cada órgão sofre mudanças por essa  estimulação. Sua plenitude atingida para cumprir a missão: dar vida, dar a luz, fazer nascer um bebê, fazer nascer o amor, trazer um novo ser.

Como a roseira em seu final de florada, o puerpério é o momento de mudanças. As folhas da roseira são trocadas. E na puérpera as mudanças pela gravidez operada vão se desfazendo, algumas rápidas e outras mais lentamente. Saindo dos holofotes para o cotidiano assumir o palco. Nem tudo é glamour.  A vida continua e é bom deixar que a rotina se reestabeleça. 

Agora uma nova mulher entra em cena. Um personagem novo, até  então desconhecido:  A mãe! Essa figura tão idealizada, sonhada, moldada. Em muitos momentos  alegre,  e em outros,  triste!  Em muitos momentos, sorridente, em outros, o sorriso guardado. Em muitos momentos o paraíso e em outros, a angústia solitária. Em muitos momentos a felicidade com o seu ser amado, em outros,  as preocupações de mãe com a segurança, a saúde, a tranquilidade de seu filho. Assim é a maternidade... nem  tudo são flores e nem tudo só espinhos.


Logo após o parto o corpo muda, assim como muda o físico, a alma, o espírito, os objetivos, as metas, as conquistas, a vida...
As mudanças gravídicas se vão e algumas marcas deixarão. Mas, que importa essa mancha no rosto, essa estria na barriga, essa mama crescida cheia de leite? O que importa é que sou Mãe, tenho um filho, tenho uma vida, um caminho a ser percorrido. 

O que importa:  uma porta está se abrindo para um mundo novo, até então desconhecido. De mulheres mais resolvidas, forjadas nesses momentos angustiantes e solitários, nas noites em vigília, na companhia noturna, só suas. Aqueles chutinhos na barriga. E hoje  aquele bebê no bercinho dormindo , tão sereno  e tranquilo, trazendo  paz e esperança em um mundo novo que se refaz e se prepara para um novo desabrochar. Nova florada a encantar e encher de vida, cores e alegrias muitas outras vidas”...



Texto: João Félix Dias
Fotos: Rildo Amorim
Edição texto: Creuza Medeiros



“Quanta ansiedade!  Quanta angústia!  Quanto medo...
As emoções à flor da pele. ..
A vontade de ver o rostinho do seu bebê.

Tudo isso  tirando seu sono. O quartinho já está pronto, o bercinho armado, as roupinhas passadas, a malinha do bebê feita. Tudo cuidadosamente preparado, na espera desse serzinho desejado, amado, desde o ventre cuidado. Um desconhecido tão íntimo. Desde já companheiro de noites mal dormidas, de monólogos recitados, de cantigas cantaroladas, de carícias executadas nesse ventre amado. 

Helenice Stela, dois partos normais em menos de três anos

Já sinto medo de  perdê-lo, de algo dar errado.

Meu Deus,  quanta angústia. O que  faço? Rezo para Nossa Senhora do Bom Parto?

É aí que entra a tranquilidade de um companheiro de vida conjugal parceiro, que te apoia e ampara. Que está junto  a cada momento. A companhia serena, tranquila e solidária com tudo isso que está acontecendo.  Um amigo para  todas as horas. Que está ligado em você, no seu  bebê, no seu momento sublime, verdadeiro milagre da vida (E se não houver esse companheiro, vai saber quem é a pessoa mais próxima para dar esse apoio fundamental).

Tamirys está no compasso de espera

Mas quando começa o parto? Quando buscar ajuda? Quando buscar orientação?

Ah, seu médico(a),  aquela figura tão familiar nos nove meses. Que te atendeu, orientou, pediu exames, lhe acompanhou por essa jornada, busque nele as respostas para quase tudo que está sentindo, angustiando , temendo. Ele é sua referência.

A tranquilidade pós nascimento

Pergunte. Pergunte sempre. Faça sua lista. Leve todas suas dúvidas, seus temores e inseguranças. Não  trafegue por essa via angustiante sozinha, você tem companhia, parceiros dessa jornada, guias que lhe indicarão o caminho.

Quatro coisas mais importantes podemos dizer:

Preste atenção no seu corpo. Ele fala,  sinaliza, pede socorro. Se sintonize contigo.  Ele vai mandar sinais, ouça as mensagens, sinta os sinais de mudanças:

1- Que o tampão mucoso do canal do parto pode  sair. O processo está iniciando. Os movimentos fetais começando a ficarem mais restritos, fruto do aconchegamento do feto se posicionando para o nascimento. As contrações de treinamento começando a ficar mais frequentes, mais incomodativas e duradouras. Se começar a sentir contrações em número de duas ou mais vezes em 10 minutos, deve procurar avaliação médica.

2- A bolsa de líquido amniótico pode romper. Vai sentir a vagina mais úmida e a roupa íntima molhada. Troque e observe. Se continuar molhando é sinal que rompeu realmente.  Noutras vezes pode acontecer de jorrar mais abundantemente e molhar tudo: a roupa, o assento, a cama. Procure avaliar imediatamente.

3- Sangue. Esse é alerta vermelho, mesmo que seja escuro. Mesmo que em pequena quantidade, não espere. Avalie rapidamente. Veja se o bebê está bem. Principalmente se associar dores muito intensas, contrações vigorosas e persistentes, sem relaxamento uterino após as contrações.

4- Se não aconteceu nada disso e você não sente os movimentos que sempre sentia, avalie se o bebê está bem. Principalmente se você já está com  40 semanas de gestação ou mais, pode ser o sinal de que seu bebê não está passando bem.

Seu médico saberá te avaliar e que exames pedir e a conduta médica mais adequada adotar.
  

Só lhe resta confiar, seguir as recomendações, ter pensamento positivo e  torcer para tudo dar certo e aguardar o milagre da vida acontecer. Você dará a luz e verá a beleza do amor se manifestar na pessoa desse ser  belo, puro e amado: seu bebê! Que depois de longos e eternos nove meses, está ali, no seu colo, tão íntimo e próximo, desejando seu peito, seu carinho, seu contato”!

Este é o meu filho mais velho, quatro dias após o nascimento, sorrindo para a vida. Foi muito esperado. Hoje Pedro Augusto tem 16 anos

O presente mais esperado da vida do casal chegou. E agora, como conciliar a novidade com a dinâmica da família? Quais mudanças físicas, psicológicas e biológicas a chegada do bebê causa na vida da mulher? E o relacionamento do casal, sofre mudanças bruscas? Como enfrentar com naturalidade as alterações na rotina da família? Que cuidados principais a família precisa ter com o bebê?



Para responder essas e outras inúmeras perguntas, dia 4 de maio, será realizada a terceira edição do Papo de Obstetra (O bebê chegou. E agora?), em celebração ao Dias das Mães. O evento, que ocorre das 18h30 às 20h30, no jardim do Espaço Magnólia, será regado  a  muito verde e ludicidade. A entrada é gratuita, bastando os interessados confirmarem presença pelo whats 9972.8268, já que são disponibilizadas no máximo 40 vagas.

Três profissionais com vasta experiência vão fazer o bate papo com as mamães e convidados: o obstetra Dr. João Félix Dias (com mais de 20 anos de atuação); a pediatra Débora Dal Ponte (intensivista de UTI) e a psicóloga corporal Renata Terruggi.

Psicóloga Renata Terruggi e Dr. João Félix

Pediatra Débora Dal Ponte

Para ter ideia da profundidade do Papo de Obstetra, a psicóloga Renata Terruggi pontua que ainda na gravidez o pai já é pai, não somente na hora do nascimento. Ter essa consciência já muda muita coisa, alerta Terruggi, acrescentando também que  “Se a mãe está bem, o bebê vai ficar melhor”.


Sobre os cuidados da mulher no pós parto, riscos de depressão, mudanças hormonais quem vai falar é o Dr. João Félix Dias, que aposta em eventos com esse formato mais intimista. “O Papo de Obstetra nasceu com o intuito de aproximar as mães a profissionais e a outras mamães, é um evento intimista que toca a alma, indo muito além da informação rápida.  Temos o cuidado de convidar profissionais que agregam  muito à vida das mães e da  família”, reforça o idealizador do Papo de Obstetra, Dr. João Félix.



A pediatra Débora Dal Ponte vai conversar sobre os principais cuidados com o bebê nos primeiros meses de vida, dando dicas de como transformar a fase numa deliciosa convivência. Sem falar que a pediatra é mãe de quadrigêmeos (hoje com 16 anos),  imagine a contribuição valiosa dela como mãe para o Papo de Obstetra.

A pediatra Débora tem no currículo a gestação de quadrigêmeos (hoje com 16 anos)

Também serão convidadas mulheres com experiências bonitas  de superação relacionadas à maternidade para enriquecer o Papo de Obstetra, que tem tudo para ser mais um encontro inesquecível como nas duas primeiras edições (a primeira abordou a dimensão do Ser Mãe e a segunda os tipos de parto).

No primeiro Papo de Obstetra a mamãe Vivian e seus gêmeos


O que: Papo de Obstetra

Onde: Rua 24 de Outubro, 937, Espaço Magnólia (último trecho da Rua)

Quando: 4 de maio

Horário: 18h30 às 20h30

Confirmação de inscrições: whats 9972.8268 ou por mensagem via página Dr. João Félix Dias/Ginecologia Obstetrícia.

ENTRADA GRATUITA